Patrimônio e Identidade: O Resgate da Memória e a Formação da Identidade
Mariano Akerman
Centro de Estudos Bíblicos
Rio de Janeiro, Setembro-Outubro de 2014
Synclesia, 5775/2014.
• Texto sagrado e arte hebraica
2 de Setembro
Não farás para ti escultura, nem imagen...
– Êxodo 20:4
• Xeque à rainha: Ecclesia, Synagoga e a Rainha do Shabat
9 de Setembro
Só se vê bem com o coração,
o essencial é invisível aos olhos.
– Antoine de Saint-Éxupéry
• Um tempo para tudo: alegorias da fé na arte visual européia
21 de Outubro
Povo cheio de fé, mas faltando luz
– Federico García Lorca
Alegorias da fé na arte visual européia
Utilizadas desde a antiguidade, as alegorias são figuras retóricas que pertencem ao campo da ficção, mas de forma alusiva; em geral, também, estão providas de atributos significativos. Basicamente, as alegorias transmitem conceitos abstratos, personificando a justiça, o amor, e a fé, entre outros.
Através de sua apresentação, Mariano Akerman explora a origem, a natureza e as implicações de algumas alegorias da fé que encontraram expressão na arte cristã a partir do século XIII para o século XX.
O autor examina o par teológico conhecido como Ecclesia et Synagoga (1250), também aquele representado na Fonte da Graça (1450), e diversas alegorias teológicas da fé, particularmente aquelas que são católicas e pertencem à tradição espanhola. Segundo Akerman, estas últimas têm suas origens em alegorias antigas e medievais: Fides, Justitia e Ecclesia, mas as alegorias espanholas apresentam uma particularidade que brilha pela sua ausência em suas homólogas européias.
Akerman finalmente examina as alegorias do Monumento do Sagrado Coração de Jesus em Madri (1914-1965) e estabelece uma ligação inesperada entre uma dessas alegorias e sua predecessora visual, cuja natureza –sem dúvida– é também puramente teológica.
Um tempo para tudo
Há um tempo para tudo debaixo do céu.
um tempo de calar-se e um tempo de falar.
um tempo para colocar uma venda sobre os olhos do próximo
e um tempo para colocar a venda nos nossos próprios olhos.
um tempo para indicar a cegueira do vizinho
e um tempo para reconhecer a cegueira própria.
um tempo para construir estereótipos
e um tempo para desconstruí-los.
um tempo para a manipulação e o delírio coletivo
e um tempo para o bom senso e a integridade.
um tempo para insistir sobre as diferenças
e um tempo para perceber as semelhanças.
um tempo de se afastar
e um tempo de reconciliar-se.
A oliveira florida
Recursos
• Ecclesia et Synagoga
• Las alegorías teológicas y sus atributos
• El Prado desaforado
• La llave del enigma
• Cantar de los Cantares
• Blindfold Collection
• Venda y ojos cubiertos
• Monumento al Sagrado Corazón de Jesús
• John M. Bugge, Virginitas: An Essay in the History of a Medieval Idea, International Archives of the History of Ideas 17, The Hague: Martinus Nijhoff, 1975, ch. III: Sponsa Christi, pp. 59-66.
• Bezalel Narkiss y Aliza Cohen-Mushlin, The Illumination of the Worms Mahzor: Description and Iconographical Study, 1985, pp. 79-89.
• Bartal, Ruth. "Medieval Images of Sacred Love: Jewish and Christian Perceptions," Assaph: Studies in Art History 2 (1996), 93-110; pdf.
• Sarit Shalev-Eyni, “Iconography of Love: Illustrations of Bride and Bridegroom in Ashkenazi Prayerbooks of the Thirteenth and Fourteenth Century,” Studies in Iconography 26, 2005, pp. 27-57.
• Simon Holloway, On Crowns and Pointy Hats, Davar Akher, Sydney, 1.1.2007
• Robert Michael, A History of Catholic Antisemitism: The Dark Side of the Church, Palgrave Macmillan, 2008, ch. 4: Medieval Deterioration.
• Brooke Falk Permenter, "To See or Not to See in the Middle Ages: Blind Jews in Christian Eyes", Vagantes Medieval Conference, 2010 (Medievalists).
• Katrin Kogman-Appel, A Mahzor from Worms: Art and Religion in a Medieval Jewish Community, Harvard UP, 2012.
• Laura Suzanne Lieber, A Vocabulary of Desire: The Song of Songs in the Early Synagogue, Leiden: Brill, 2014.
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